sexta-feira, 10 de julho de 2009

“The Quiet Beatle”


Ok, confesso! Minha obsessão por Beatles não é, de toda certeza, devida ao culto pop a um vocalista messiânico, ou a um baixista megalomaníaco, e devo dizer, nem pela simpatia a um baterista que poderia até não ser o melhor da banda, mas como ele mesmo disse, era o baterista da melhor banda do mundo – e se isso não é ser o melhor, devo admitir saber menos do que pensava.


Minha ‘beatlemania’ deve-se muito a influências diversas, a uma paixão pelo país de origem, mas principalmente, pelo gênio por vezes incompreendido por seus colegas de banda e ignorado (por isto) pelo grande público, mas afirmo categoricamente, o motivo para a banda representar o início de tudo o que há de bom – na modesta opinião desta que vos escreve – é que além de marketing bem feito, havia muito talento, não só de dois hitmakers, mas também de um compositor... O compositor de verdade...

Sim, muitas músicas da dupla Lennon/McCartney são obras-primas, mas é de conhecimento de fãs que em sua maioria eram músicas de fácil memorização, ótimas músicas de fácil memorização, devo dizer, o oposto das canções de Harrison, projetadas e instrumentadas, com maturidade adquirida após anos de experimentações musicais, por vezes “alucino-lisérgicas”. George Harrison era sim o meu beatle favorito, ainda que tímido, ainda que recluso, ainda que jovem, ainda que místico em demasia, ainda que adúltero... Harrison era tudo isso, com toda certeza, porém, era muito mais do que afirmaram sobre sua vida... Era erudito, não necessariamente agradava a todos, mas era detalhista e, sobretudo, amava a música por sua essência.

George é sim de talento incrível, e é também reconhecido como um dos grandes, entretanto, temo que nunca tenham a dimensão de sua importância para a música, mas há sim pessoas que enxergaram em Harrison, muito mais do que os acordes orquestrados por Paul, pessoas que assim como eu, enxergaram em Harrison um tímido gênio de obras como “While My Guitar Gently Weeps”, “Here Comes the Sun” e “Something”, entre outras... George era na verdade ‘The Brilliant Beatle’...
'L'