quarta-feira, 22 de abril de 2009

A Barcelona de Woody Allen




Polêmico, excêntrico, amado, odiado, trash, cult, adjetivos que se adaptam aos cabelos desgrenhados e aos óculos de aros grossos de Woody Allen. E em seu filme mais recente lançado no Brasil, “Vicky Cristina Barcelona”(EUA/Espanha, 2008), de cenários belíssimos e brilhante trilha sonora, se destacam as interpretações dos muy latinos Javier Bardem e Penélope Cruz (esta levou um Oscar pelo papel, inclusive).

O filme retrata a viagem de duas amigas à Espanha, mais especificamente Barcelona, onde Vicky e Cristina, vividas respectivamente por Rebecca Hall e Scarlett Johansson, deparam-se com um artista sedutor cujo passado amoroso revelará que nem tudo é o que parece. O tempero do filme é fruto da química cinematográfica que os personagens principais demonstram, principalmente após a formação do triângulo María Elena/Juan Antonio/Cristina, o que atraiu muitos aos cinemas, e que para a decepção destes não passa de mais um dos amores do filme e não se aproxima em momento algum de envolvimentos à la American Pie, entre outros... É uma história de amor, em toda extensão da palavra...


Sair do cinema sem querer mudar as próprias atitudes quanto ao amor, e quanto à idealização da pessoa desejada é impossível. Bardem, envolvente e encantador, demonstra um lado de sua atuação pouco vista, especialmente em seus últimos papéis – vide Anton Chigurh de “Onde os Fracos não Têm Vez” – o homem sedutor e incorrigível, amante não de uma mulher em especial mas amante do próprio amor. Por sua vez, a talentosa Penélope revela uma María Elena desequilibrada e por vezes psicótica, que mesmo com a entrada de Cristina em sua vida e de seu envolvimento físico e emocional, não encontra a paz após acontecimentos que dão o desfecho dessa incrível história, que embora improvável, é possível que aconteça com muitos de nós.


E ao som de guitarras espanholas, ao brilho de um sol quase laranja, que um, dois, três, inúmeros amores começam, terminam, dinamicamente... À maneira de Woody Allen.




L.Brigante

4 comentários:

  1. Um texto absurdo! Sim! absurdo em sua intensidade emotiva que cativa qualquer um para ver essa e as outras obras do senhor Allen. Essa menina que assina com o sobrenome mais marcante de Pacino nos anos 90, nasceu para isso... né dona Lívia! rs
    bjs e continua sempre assim!!!

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  2. O que dizer de um texto escrito por uma pessoa tão especial na vida da gente ?
    Então, lá vai:
    Independente do amor que sinto por esta menina/mulher, o que li me fascinou, me transportou e instigou uma vontade enorme de assistir Vicky, Cristina Barcelona, de tão envolvente que foi esta verdadeira "apresentação" do filme !
    Pessoal, prá mim, é uma alegria e a convicção que tenho a maior e melhor "filha/amiga" !!!!
    Te admiro, te respeito e te amo.
    Continua.....esta foi só a 1ª ..

    Beijos

    da tua mãe

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  3. pois bem(RRuuusssstttttyyyyyy),minha irmazinha agora tbem é escritora,e como em tudo que ela faz,ela é muito boa nisso,ainda mais quando o assunto é cinema,musica e afins(adoro essa palavra,afins,da uma ideia de ''haaa eu sou uma pessoa de vasto vocabulario'')mas bem ,não vou desviar-me do assunto,mana.tu sabes o quanto tu és amada e admirada por este cidadão que lhe escreve.amo-te e espero logo ler outros maravilhosos textos como este sobre o woody,enfim,eras isto ''Palomita''.

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